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Obra que abre caminho para trem de passageiros em Joinville tem R$ 5 milhões em orçamento

Superintendente do DNIT em Santa Catarina aponta previsão no orçamento da União para 2025
16/01/2025 - 17:16 - Atualizada em: 16/01/2025 - 17:16
Obra do contorno ferroviário está parada há mais de 10 anos em Joinville Foto: Salmo Duarte / AN / NSC Total)

A possibilidade de Joinville voltar a ter transporte de passageiros por trem é encarada pelo prefeito Adriano Silva como viável para cidade. Na prática, para isso acontecer, é preciso primeiro encontrar um outro caminho para as rotas dos trens de carga.

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Atualmente o trilho de trem que corta Joinville é utilizado exclusivamente para fins logísticos, em conexão importante com o Porto de São Francisco do Sul. No entanto, as obras do Contorno Ferroviário, paralisadas desde 2011, têm por objetivo criar um novo traçado para essa rota.

O Contorno tem 17,4 quilômetros de extensão com custo estimado em R$ 500 milhões e duração de obras prevista em três anos. Com a obra concluída, os trens de carga passariam por fora da área urbana de Joinville, liberando os trilhos atuais para novos possíveis modais de transporte de passageiros.

Recurso disponível equivale a 1% do custo da obra

A estimativa de orçamento da União para a execução do Contorno Ferroviário em 2025 equivale a apenas 1% do valor necessário. Em entrevista à CBN Joinville no início do mês, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Santa Catarina, Alysson Rodrigo de Andrade, explicou a projeção.

— Na prática, nós temos hoje dentro do Projeto de Lei Orçamentária para 2025, a PLOA que foi já sugerida dentro do Congresso, uma expectativa ali de R$ 5 milhões. Uma expectativa muito tímida para o tamanho, para a grandeza de uma obra como o Contorno Ferroviário de Joinville — avalia.

O traçado do atual projeto da obra também passa por modificação na região próxima de Araquari, onde há um processo de licenciamento ambiental em andamento. No entanto, Alysson entende que essa questão não impediria a retomada da obra.

— Nós temos um projeto básico. É possível fazer uma contratação, por exemplo integrada, onde contrata-se um projeto executivo e a obra. Pode ser feito um consórcio e aí a partir dessa licitação se desenvolve o projeto executivo. Nós temos o básico [projeto] já aprovado em Brasília. Então desenvolve o projeto executivo e na sequência esse mesmo consórcio já toca a obra — explica.

Com isso seria possível ganhar tempo com ajustes no projeto e execução da obra. No entanto, na avaliação do superintendente a mobilização política em prol dessa obra é essencial para que os trabalhos sejam retomados na região.

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