Setembro Verde: desejo para doação de órgãos deve ser comunicado à família
O mês de setembro é dedicado à conscientização da importância da doação de órgãos. Em Santa Catarina, já foram realizados 140 transplantes de rins pelo Sistema Único de Saúde, enquanto 64 transplantes de fígado também foram feitos, em 2024. Para falar sobre como acontece o processo de doação de órgãos, o gerente médico do grupo Baia Sul, Eduardo Berbigier, participou do Boa Tarde CBN desta terça-feira (17).
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O desejo de ser um doador de órgãos e tecidos pode ser manifestada e registrada por meio do sistema sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). A manifestação individual ficará registrada nos cartórios nacionais. Porém, Berbigier reforça que a plataforma não substitui a autorização da família para a doação de órgãos.
— Portanto, mais importante é que, de fato, cada um de nós que deseja ser um doador que manifeste esse desejo e que comunique a sua família e que também, se desejar, possa fazer o seu registro nessa plataforma. Mas quem toma a decisão é a família, que vai ser porta-voz de um desejo manifestado pelo potencial doador, pelo possível doador, caso ele venha a ter uma condição de falecimento que permita a doação — destacou.
Berbigier destacou que a fila para o transplante não é única, já que a lista de transplante são para diferentes órgãos e para diferentes tipos sanguíneos. Além disso, há outros marcadores que permitem ou não que um órgão seja transplantado.
— Além dessa questão de tempo na fila e de condição de receber determinado órgão, existem também critérios de gravidade, porque quem mais precisa, em situações de risco de vida iminente, acaba tendo uma priorização — disse.
O transporte desses órgãos para quem precisa de um transplante é um “corrida contra o tempo”, segundo o gerente médico. Primeiro, é necessário realizar o diagnóstico de morte encefálica do doador, em que é necessário detectar o potencial de doação de múltiplos órgãos o mais rápido possível, com uma conversa a fim de facilitar a compreensão da família para a tomada de decisão.
Para o processo de transporte, os hospitais contam com o apoio da Polícia Rodoviária, do Corpo de Bombeiros e do SAMU para que o processo de isquemia – tempo em que o órgão pode ficar fora do corpo – não ultrapasse o tempo limite.
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