São José amplia faixa etária de vacinação contra dengue

A Prefeitura Municipal de São José (PMSJ) divulgou que, a partir desta segunda-feira (10), a faixa etária da campanha de vacinação contra a dengue será ampliada. O novo público-alvo inclui adolescentes de 10 a 16 anos — anteriormente era de 10 a 14 anos. Os imunizantes estão disponíveis em estoque nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
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O objetivo da ampliação é aumentar a cobertura vacinal no município, de acordo com a prefeitura. A adesão à campanha tem sido baixa, o que preocupa as autoridades sanitárias diante do aumento de casos de doenças que podem ser prevenidas.
“A vacinação é a forma mais eficaz de combate. Precisamos conscientizar a população sobre a importância de se imunizar e proteger. Atualmente, os índices vacinais são de 5,3 mil aplicações com a primeira dose. Precisamos conscientizar os pais e responsáveis a buscarem pelo imunizante contra a dengue”, esclareceu a diretora de Vigilância Epidemiológica, Katheri Zamprogna.
As vacinas estão disponíveis em todas as UBSs, de segunda a sexta-feira. Para receber o imunizante, é necessário apresentar o documento de identificação, carteirinha de vacinação e comprovante de residência. São duas aplicações com intervalo de três meses e a vacinação ocorre enquanto houver estoque.
Cuidados com a dengue
A dengue faz parte de um grupo de doenças chamado arboviroses — doenças causadas pela transmissão do vírus por artrópodes — e apresenta quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Sorotipos apresentam diferentes materiais genéticos e linhagens.
Em Santa Catarina, 568 casos prováveis de dengue foram registrados na primeira semana epidemiológica de 2025. No mesmo período de 2024, foram registrados 543 casos.
Ainda em 2024, o Brasil registrou mais de 6,6 milhões de casos prováveis e 6,1 mil óbitos pela doença. Outras 646 mortes continuam em investigação. No mesmo período de 2023, foram registrados 1,6 milhão de casos e 1,1 mil óbitos, com 114 mortes ainda em investigação.
No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. A vacina contra a dengue, ofertada pelo SUS, é a principal ferramenta na prevenção contra a doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, é recomendado:
- Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
- Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
- Vedação dos reservatórios e caixas de água;
- Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
- Participação nas fiscalizações executadas pelo SUS.
Os sintomas mais comuns são febre de início repentino (39°C a 40°C) acompanhada de dor de cabeça, prostração, dores musculares, articulares e dor atrás dos olhos. Após o período febril, o indivíduo pode apresentar dores abdominais, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, entre outros sintomas.
Após a infecção, o tratamento recomendado pelo Ministério da Saúde se baseia na reposição de líquidos. Além disso, repouso em casa, não se automedicar e retorno para reavaliações clínicas também são recomendações.
No Estado, circulam os sorotipos DENV-1 e DENV-2, enquanto no Brasil o sorotipo mais comum é o tipo 3, com 40,8% dos casos registrados de dengue. Não há casos confirmados desse tipo da doença em território catarinense.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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