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Instituição revela proporção de joinvilenses entre as pessoas em situação de rua na cidade

Instituto Amor Incondicional prestou informações nesta quarta-feira (02) em reunião na Câmara de Vereadores
05/03/2025 - 12:44 - Atualizada em: 05/03/2025 - 12:44
Centro POP integra estrutura de atendimento a Pessoas em Situação de Rua em Joinville (Foto: Mauro Schlieck, CVJ)

Os dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgados no início do ano demonstram que a população em situação de rua em Santa Catarina quadruplicou entre 2016 e 2023. Nesse cenário, Joinville ocupa a segunda posição no tamanho da população, com 1.067 pessoas, atrás apenas de Florianópolis, com 2.287.

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Esse cenário motiva uma série de debates sobre como encontrar uma forma de tratar essa questão social. Na Câmara de Vereadores de Joinville, a primeira intenção foi instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto. A ideia não prosperou e o que se criou foi uma Comissão Especial, que desde 12 de fevereiro atua no assunto.

No dia a dia dos trabalhos, os vereadores liderados por Pastor Ascendino (PSD) perceberam que a questão é muito mais complexa.

Em quase um mês, a comissão acompanhou abordagens sociais, ouviu especialistas, secretarias do governo envolvidas e fiscalizaram serviços como o do Centro POP e o do Restaurante Popular.

Nesta quarta-feira (05), um dos momentos mais aguardados ocorreu na Câmara, com o convite para que a instituição Amor Incondicional fizesse uma explanação dos trabalhos realizados na cidade. A instituição é contratada pela prefeitura de Joinville para realizar os serviços de abordagem e também operar o Restaurante Popular.

As informações da instituição serão utilizadas para compor o relatório final da Comissão. Entre as que mais chamaram a atenção, estão os dados sobre o perfil das pessoas nessa condição na cidade.

Dados de um semestre revelam que de cada 441 pessoas em situação de rua atendidas na cidade, 193 são catarinenses e 141 são joinvilenses. Ou seja, a cada 10 pessoas abordadas, três são de Joinville.

Outra situação que a Comissão já identificou é a necessidade no reforço de estruturas de atendimento, como por exemplo – a rede de assistência à saúde mental na cidade.

Todos esses dados devem compor o relatório final. O prazo de apresentação, 12 de março, deve ser alterado. Conforme a reportagem da CBN apurou, a Comissão deve prorrogar por mais 30 dias o prazo dos trabalhos.

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