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Extrema-direita vira segunda maior força da Alemanha; entenda

Eleições federais antecipadas aconteceram nesse domingo (23)
24/02/2025 - 14:56 - Atualizada em: 24/02/2025 - 15:19
Partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se tornou a segunda maior força do Parlamento Alemão (Foto: Banco de imagens)

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se tornou a segunda maior força do Parlamento Alemão (Bundestag), após as eleições federais antecipadas neste domingo (23). O partido quase dobrou sua votação em relação ao pleito de 2021, obtendo 20,4% dos votos. As informações são do Metrópoles.

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Além do crescimento, a sigla também ultrapassou legendas tradicionais como o Partido Social-Democrata (SPD) e os Verdes. Ambas as siglas compõem o atual governo de Olaf Scholtz, que sofre com impopularidade. O único partido que ficou a frente da AfD foi a União Democrata-Cristã (CDU), chefiada pelo deputado Friedrich Merz — que deve liderar o próximo governo.

Nesta eleição federal, a AfD indicou a deputada Alice Weidel como candidata a chanceler. Após a divulgação dos primeiro números, Weidel celebrou o resultado e afirmou: “Somos o único partido a dobrar em relação à última eleição”.

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“Se a CDU cometer fraude eleitoral contra a AfD, copiando nosso programa e depois entrando em uma coalizão com a esquerda, haverá novas eleições mais rápido do que se pode imaginar. Nós ultrapassaremos a CDU e esse é o nosso objetivo”, completou a deputada, se dirigindo ao possível futuro chanceler.

A principal esperança da AfD é que os conservadores da CDU rompam com outros partidos e os convidem para formar uma coalizão. A expectativa existe devido a CDU não ter conseguido mais de 50% dos votos — implicando que eles deverão procurar parceiros para formar uma coalizão. No entando, o possível futuro chanceler, Merz, afirmou diversas vezes que não pretende negociar com a AfD.

De onde veio a AfD?

Fundada em 2013 como uma sigla de tendência liberal, a AfD passou a pender rapidamente para a extrema-direita. Esse fenômeno ficou vísivel especialmente após a crise de refugiados de 2015 e 2016, quando a sigla passou a apresentar posições radicalmente anti-imigração.

O partido tem registrado crescimento na última década. A legenda conseguiu formar sua primeira bancada federal em 2017, com um leve declínio em 2021, e uma nova ascensão neste domingo. A AfD é rotineiramente acusada de abrigar neonazistas.

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O partido se destaca no Leste da Alemanha. Ele chegou a terminar em primeiro lugar na Turíngia e em segundo na Saxônia e Brandemburgo. Neste domingo, chegou a conquistar a maior fatia de eleitores entre 16 a 24 anos.

A sigla chegou nesta eleição federal com um discurso anti-imigração redobrado, especialmente após uma série de ataques cometidos por homens de origem estrangeira em novembro de 2024, nas cidades de Magdeburg. A AfD também recebeu endossos externos durante a campanha de Elon Musk e do vice-presidente dos EUA, J.D Vance.

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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