Motoristas reclamam de “explosão” repentina de preços da gasolina na Grande Florianópolis
O aumento de R$ 0,20, R$ 0,70 ou até mesmo R$ 1 nos preços da gasolina nos postos da Grande Florianópolis vem chamando a atenção dos motoristas. O acréscimo considerado repentino fez com que a gasolina chegasse a quase R$ 7 em alguns pontos da região. O Procon SC passará uma orientação aos procons municipais para irem às ruas nesta terça-feira (1°), fiscalizar e notificar os postos que apresentarem preços considerados abusivos. As informações são do repórter Zé Maia para o Notícia na Manhã.
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Nos últimos aumentos, a justificativa do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis) foi de que uma promoção conjunta nos postos tinha acabado, elevando os preços. Até o momento da publicação desse conteúdo, o sindicato não havia manifestado uma justificativa para o acréscimo recente.
A delegada Michele Alves, diretora do Procon SC, explicou que o órgão de fiscalização já tem ciência da situação e que, além das notificações que serão emitidas nesta terça-feira, outras medidas serão tomadas ao longo da semana.
— Eles precisam justificar se esse aumento é da Petrobras, o que eles estão repassando, até porque já houve um aumento no meio do ano que era previsto, esse agora já não estava previsto pelo o que eu tenho conhecimento — disse a delegada.
Após a notificação do Procon, cada unidade tem um prazo de 10 dias para justificar individualmente o porquê do aumento dos preços.
Postos sem reajuste
Alguns postos de gasolina em Florianópolis não tiveram reajuste, segundo os motoristas. É o caso de grande parte dos postos da Avenida Mauro Ramos, na região central.
Na manhã desta terça-feira, foram registradas filas nos postos para quem buscava abastecer seus veículos por um preço mais baixo.
O que diz o Sindicato dos postos
Em nota encaminhada na tarde desta terça (1º), o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), informou que “a política de preços é ditada pelo mercado, levando em consideração diversos fatores, bem como é realizado pelas distribuidoras de combustíveis, e por fim
pelos postos, que apenas repassam o aumento aos consumidores. O aumento atual é decorrente do reajuste aplicado pela Petrobrás em 08/07/24, no percentual de 7,11%, que ainda não havia sido repassado para as bombas”.
O sindicato diz ainda que a gasolina C vendida nos postos é composta pela mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, sendo que o etanol sofre reajuste semanal, conforme cotação em bolsa.
Além disso, há incidência tributária do CIDE, PIS/COFINS, que corresponde a R$ 0,7925, por litro de combustível, e do ICMS, em R$ 1,37 por litro, no total de R$ 2,1625, que são adicionados ao valor do combustível cobrado nas refinarias (R$ 3,01), chegando na revenda ao valor na média de R$ 5,22 a R$ 5,50, a depender da distribuidora. São incluídos também pelas distribuidoras e revendedoras seus próprios custos e sua margem de lucro.
“Vale acrescentar, que o Estado de Santa Catarina não sedia nenhuma refinaria, possuindo em seu território apenas bases de operações, implicando em aumento de custo de transporte de combustível.
Por fim, importante ainda esclarecer que o SINDÓPOLIS não detém competência para determinar aos postos associados a política de preço a ser praticada, bem como inexiste legislação que determine o controle do preço dos combustíveis, cabendo aos postos revendedores estabelecerem seus preços”, finaliza a nota.
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