O Avaí precisa repensar sua vida no futebol
Bom, meus amigos do esporte, terminou o ano para o Avaí. Eram seis jogos, agora são cinco. O Avaí teria que vencer os seis, agora tem que vencer os cinco. Inimaginável, porque o futebol que está jogando ou não está jogando, não nos dá o direito de pensar que o Avaí vai chegar a algum lugar. E que o Avaí trate de conseguir mais três, quatro pontos, sei lá, para se garantir na Série B do ano que vem, que é um campeonato interessante. Porque o Avaí hoje tem 43 pontos.
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A Chapecoense se aproxima com 37, o Paysandu tem 37, o CRB tem 36, o Botafogo – SP tem 36 também. É uma diferença de dois jogos apenas. O Avaí precisa se manter. Ontem à noite, em Novo Horizonte, o Avaí, em 28 minutos, já perdia o jogo por 2×0. Fruto de uma desorganização, fruto de mau posicionamento da defesa, que era o forte do Avaí na época do Gilmar Dal Pozzo.
Ele havia organizado, arrumado a defesa e depois pensado no meio e no ataque. Aí foi embora, e o Enderson Moreira destruiu razoavelmente tudo que a gente viu no Avaí do Gilmar Dal Pozzo. A entrevista dele, mais uma vez, foi uma entrevista surpreendente.
Termina com ele fazendo um desabafo, dizendo que é um homem de coragem, dizendo que é um homem que tem atitudes, que tem título, que trabalha sério, que é um homem honrado e nunca ninguém discutiu nada disso. As entrevistas precisavam ser para falar do esquema de jogo do Avaí, porque o Avaí está jogando mal, porque toma gols incríveis, porque não faz os gols que aparecem, porque jogadores que não estão rendendo nada continuam sendo escalados.
Então o peso do Enderson Moreira nessa campanha ruim do Avaí é muito grande, até porque ele não consegue fazer a equipe se organizar, se orientar, fazer os resultados. Ele não consegue. Então o Avaí tem cinco jogos daqui para frente e tem que arrumar pelo menos mais uma vitória, mais um empate, para se garantir na Série B do ano que vem.
E aí, no final da entrevista ele acenou, inclusive, que já temos que pensar na próxima temporada, dando a impressão de que ele vai permanecer no Avaí. Falou em desafios, que ele sabia que eram muito difíceis, que eram muito complicados, e se ele sabia disso tudo aí, foi um ato de coragem mesmo, então, pegar o Avaí.
Ele veio já sabendo que dificilmente ia acontecer alguma coisa. É uma pena. O Avaí investiu muito. A gestão do Júlio Heerdt não ganha nada. Mais um ano passa, mais um ano de fracasso, e o torcedor fica cada vez mais irritado, mais triste, porque não consegue dar um sorriso com o seu time jogando em campo.
Sexta-feira (25), contra o Vila Nova, mais um momento de dúvidas quanto ao futebol que o Avaí vai apresentar. Então, terminou o ano. É pensar no ano que vem. É ver quem vai ficar e quem não vai ficar. Os absurdos de contratos que vão até o final do ano que vem precisam ser revistos também.
Valorizar a base é importante e saber mesmo quem fica, quem não fica, se o técnico fica, se a comissão fica, se o Eduardo Freeland fica ou não fica. O Avaí precisa repensar a sua vida no futebol para o ano que vem. Esse ano, para o Avaí, acabou, é cumprir a tabela.
E no Figueirense, depois de ter entregue o cargo, depois de ter jogado a toalha, o Enrico Ambrogini, que é o CEO da Clave, da SAF do Figueirense, reconsiderou, e depois de um dia de diálogo, de conversa e reunião, ele voltou. Voltou hoje. Talvez a gente possa ter novas informações, novas notícias a respeito do futuro do Figueirense. É isso aí.