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Ex-presidente do Figueirense é preso em São Paulo

Cláudio Honigman é acusado de estelionato; ex-presidente é alvo da Operação Câmbio Fantasma
24/03/2025 - 17:12 - Atualizada em: 24/03/2025 - 17:42
Cláudio Honigman foi presidente do Figueirense entre 2018 e setembro de 2019 (Foto: Robson Boamort, ge/sc)

O ex-presidente do Figueirense, Cláudio Honigman, foi preso preventivamente pela Polícia Civil de São Paulo, nesta segunda-feira (24). Ele é acusado de estelionato e é alvo da Operação Câmbio Fantasma. Honigman é suspeito de aplicar o “golpe do dólar” e embolsar mais de R$ 400 mil.

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A prisão aconteceu em uma das residências do ex-presidente do Figueirense. No começo do mês, Honigman já havia sido procurado pela polícia em alguns endereços de Santa Catarina, incluindo uma residência no bairro Jurerê, em Florianópolis, mas não foi localizado.

Segundo a investigação, Honigman recebeu um valor para fazer câmbio de US$ 80 mil. Entretanto, bloqueou a pessoa após receber a transferência, parou de usar o número de telefone utilizado para fazer contatos, e não concluiu a operação.

A vítima foi apresentada a Cláudio Honigman, que se comprometeu a realizar a operação de compra e venda de dólares a uma cotação de R$ 5,10 — valor muito abaixo do mercado. Entretanto, após realizar a transferência, a vítima não conseguiu mais contato com Honigman, que teria embolsado um valor de R$ 408 mil.

A defesa de Cláudio Honigman foi contatada pela redação do ge/sc, sem resposta até o momento.

Quem é Cláudio Honigman?

Cláudio Honigman foi presidente do Figueirense entre 2018 e setembro de 2019. Ele estava no cargo durante a gestão da Elephant — que assumiu o comando do clube em 2017.

Sua administração foi marcada por polêmicas dentro e fora de campo. Atrasos de salários para funcionários, atletas e jogadores das categorias de base são alguns exemplos. Os problemas internos levaram o clube a sofrer um WO na partida contra o Cuiabá, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O clube conseguiu rescindir o contrato com a Elephant, em 20 de setembro de 2019, através de uma liminar na justiça. Dias depois, Honigman enviou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma carta comunicando que o time estava desistindo da disputa da Série B — o documento não teve validade. Após o caso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o ex-presidente por emitir documento falso. A pena foi de suspensão por 360 dias e multa de R$ 20 mil.

Ele foi ligado a Ricardo Teixeira e Sandro Rossel, ex-presidentes da CBF e do Barcelona, respectivamente. Os três foram investigados por supostas irregularidades em compra e venda de ações, com movimentações de R$ 45 milhões usando empresas de fachada, incluindo comercialização de jogos da Seleção Brasileira nos anos 2000.

*Sob supervisão de Raquel Vieira
**Com informações do g1 SC e NSC Total

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