Enfim, a decisão e suas nuances
Bom, meus amigos do esporte, chegou finalmente o fim de semana, mas ainda não chegou o dia do jogo. A sexta-feira (14) é de decisões, é de informações um pouco mais seguras, precisas, isso é o que a gente pensa, mas não está acontecendo. Tanto Avaí quanto Chapecoense estão se fechando em quatro portas para que não vaze nenhuma informação a respeito do trabalho que está sendo feito.
Os treinadores acham que, nesse momento, qualquer informação pode interferir no resultado final do jogo. A gente que está por fora disso, mas que acompanha o futebol há muito tempo, não entende bem essas tratativas de esconder o jogo, de não anunciar este jogador, de não anunciar a escalação daquele outro, mas os técnicos acham que isso interfere no resultado da partida, no andamento do jogo, na preparação dos jogadores.
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Para um titular saber que ele está fora do jogo, ou um reserva saber que ele vai entrar no jogo, o emocional do jogador pode mudar 24 horas antes. Talvez sim, talvez não.
Mas como é que vai ser esse jogo de amanhã? Que estratégia Avaí e Chapecoense deverão usar? Bom, Chapecoense joga em casa, mesmo que seja em Xanxerê, com 5.600 torcedores, já com as duas arquibancadas metradas colocadas no seu devido lugar para melhorar a capacidade do pequeno estádio de Xanxerê. Muito bem.
A Chapecoense não tem a vantagem do confronto. O segundo jogo é na capital. E por resultados iguais, não há penalidades. Então se a Chape ganhar o jogo em Chapecó, de 1×0, o Avaí ganhando aqui de 1×0, o Avaí é campeão. Se empata lá e empata aqui, o Avaí é campeão. Essa é a vantagem da melhor da melhor colocação na primeira fase de classificação, decidir em casa.
Então se o Avaí perde o jogo de 1×0 lá em Xanxerê, o resultado não é ruim, apesar da derrota. Se fizer 1×0 aqui, acabou. Qual é a vantagem da Chapecoense? O empate. Se a Chape ganha lá de 1×0, pode empatar aqui no jogo final. Essa é a vantagem. Mas se 1×0 lá, 1×0 aqui, o Avaí é o campeão.
Agora, se fizer 2×0 lá em Chapecó, o Avaí terá que fazer dois gols aqui. Dificulta um pouco mais. Porém, para fazer um ou dois gols lá em Xanxerê, a Chapecoense precisa sair para o jogo. Não pode esperar o Avaí jogar, não pode ficar na retranca, como dizem, que é o esquema de jogo do técnico Gilmar Dal Pozzo.
Eu não concordo. Eu discordo. Não acho que ele jogue na retranca. Ele joga com cautela, procurando o melhor momento para o ataque. É assim que o Avaí terá que fazer. Cautela. Principalmente nos 15, 20 minutos iniciais, que é aquele momento em que a surpresa pode acontecer, o jogo inicial, o gol logo de cara, e depois dificultar a situação para o adversário.
Então, os primeiros 15, 20 minutos poderão ser decisivos e o comportamento da Chapecoense, como será de ataque, de jogar, de tentar fazer o gol, vai ter que sair para o jogo. Não tem jeito. Para poder ter alguma vantagem no segundo jogo. E nisso, o Avaí pode se aproveitar. Mas tudo isso aí são observações, são opiniões, são conjecturas do que pode ou não acontecer. A realidade do jogo poderá ser outra bem diferente. Convém aguardar. É isso aí.