De Joinville para o mundo: Em sua primeira participação, Mayara Petzold é medalhista paralímpica
A paratleta joinvilense Mayara Petzold se classificou neste ano para sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos. Competindo em quatro modalidades ( 50m livre / 50m borboleta / 100m costas / revezamento 4x50m medley) a nadadora conquistou o bronze na final dos 50m borboleta da classe S6.
Mayara faz parte da maior delegação esportiva brasileira presente em competições internacionais. Nesta paralimpíadas, 280 competidores brasileiros estiveram presentes, com 255 atletas com deficiência, 19 atletas guias, três calheiros de bocha, dois goleiros do futebol de cego e um timoneiro do remo.
Veja fotos da Mayara em Paris:
Uma prática do esporte que começou depois de uma indicação médica se tornou um sonho realizado por Mayara.No C3, escola de natação em Joinville, a atleta teve seu primeiro contato com a natação aos quatro anos de idade, através de uma indicação médica para que ela pudesse desenvolver melhor seu crescimento. Com 13 anos, começou a disputar competições regionais, após apresentar bons resultados nas piscinas.
Em Joinville e também em Santa Catarina conquistou 80 medalhas durante a infância e adolescência. Em 2017, participou do ParaPanAmericano de Jovens, onde disputou na classe S9 — na natação paralímpica, a classificação de deficiência é realizada de acordo com o grau e o tipo de deficiência do atleta. Mesmo em outra classe, conseguiu conquistar o pódio na competição.
— Ela levava a natação como um hobby, pois ainda estudava. Depois de subir de classe, ela desanimou e decidiu parar com a natação e buscar novos hobbies. Foi quando ela fez técnico de enfermagem e se formou. Então, começou a fazer docinhos para vender e chegou a pensar em abrir uma confeitaria — explica Josiane Pedrini, tia de Mayara
Foi em Tokyo 2020 que o desejo de voltar a nadar despertou em Mayara. Em contato com o técnico Alexandre Vieira, do Praia Clube (MG), equipe que defende atualmente, recebeu todo o apoio e incentivo para representar a equipe paralímpica do Clube, voltando para a classe S6. Em 2023, entrou para a seleção brasileira onde está representando o país em Paris.
— Chamamos a nossa menininha de Foguetinho, pois o foguete não dá ré, é só pra frente. Nossa Mayara é um exemplo de garra e determinação — elogia Josiane.
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