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Suspeitos por onda de ataques violentos em Florianópolis são presos

Entre os detidos, estão as principais lideranças de uma facção criminosa
20/03/2025 - 15:18 - Atualizada em: 20/03/2025 - 15:18
Primeira fase da operação foi considerada de alto risco pela Polícia Civil (PCSC, Divulgação)

A Polícia Civil prendeu, durante a Operação Tolerância Zero, ao menos nove pessoas que tiveram participações em tentativas de invasões a comunidades de Florianópolis e ordem para chacina, em outubro de 2024. Entre os detidos, estão as principais lideranças de uma facção criminosa.

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O grupo já era procurado pela polícia antes dos ataques. Os suspeitos haviam tentado outras duas vezes invadir a Comunidade do Papaquara, localizada no Norte da Ilha, com a terceira tentativa acontecendo em 19 de outubro de 2024, quando dez integrantes de uma organização criminosa foram até o local, armados.

Segundo a Polícia Civil, eles buscavam promover “uma chacina”, com a morte de “quem estivesse pela frente”. Os ataques aconteceram no dia que Florianópolis recebeu o ex-beatle Paul McCartney para uma apresentação.

— Eles foram com bastante munição, bastante armamento pesado, no intuito de realmente promover uma chacina ali. Só que, felizmente, as forças de segurança estavam atentas, e a Polícia Militar fez uma intervenção imediata, que impediu um mal maior — disse o delegado Antônio Claudio Joca, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco)

A polícia passou a investigar outros detalhes que levaram aos atentados. Isso desencadeou a operação desta quinta-feira, com o objetivo de identificar todos os integrantes do grupo, além de lideranças da facção que atuaram direta ou indiretamente nos ataques.

Das noves pessoas presas, três foram detidas em flagrante por crimes de associação criminosa, associação ao tráfico e porte ilegal de arma. Um dos envolvidos estava no sistema prisional, outro segue foragido.

Foram cumpridos 28 mandatos de busca e apreensão, com o recolhimento de armas, dois veículos de luxo, telefones e computadores. A ação mobilizou 150 policiais civis nos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. A investigação deve continuar em outras fases da Operação Tolerância Zero — o prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.

— Nem encaramos [os ataques] como um atentado, como foi nos outros anos. Aquilo ali foi um ato pontual, em razão da necessidade de fuga deles do mato. Então eles viram como saída fechar vias públicas ali e queimar veículos. Mas da mesma forma, praticando esses atos violentos, a gente vai focar em cima deles com toda a nossa energia para prender todos os envolvidos — destacou o delegado Joca.

Relembre o caso

A facção criminosa praticou diversos atos violentos na Grande Florianópolis, a fim de diminuir a presença da polícia na região da Comunidade do Papaquara durante a ação. Os criminosos fecharam momentaneamente vias públicas com a queima de veículos e ataques a tiros contra forças de segurança. Ao todo, pelo menos 16 ataques foram realizados e 19 pessoas foram presas em flagrante.

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*Sob supervisão de Raquel Vieira
**Com informações do NSC Total

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