Saiba como detentos tinham acesso a smartwatches em Joinville
Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil, em parceria com a Polícia Penal de Joinville, deflagrou a “Operação Corrosão”, resultando na prisão de oito pessoas na cidade. A ação ocorreu após a identificação de um esquema criminoso envolvendo agentes terceirizados que facilitavam a entrada de equipamentos tecnológicos (telefones e smartwatches) na Penitenciária local.
Operação prende oito pessoas em Joinville
A denúncia inicial partiu da Polícia Penal, que observou um padrão de apreensões de equipamentos telefônicos e smartwatches durante monitoramentos de rotina. Conforme o delegado Pedro Alves, em entrevista à CBN Joinville, os equipamentos eram entregues aos detentos com a facilitação de funcionários terceirizados que tinham como função a revista na entrada da Penitenciária.
Os smartwatches, em particular, chamaram atenção por sua capacidade de comunicação externa, sendo usados como telefones celulares compactos. Este aspecto facilitava a entrada dos dispositivos sem serem detectados.
— Acredita-se que seja um objeto mais fácil de entrar, deve ser menor ou possibilitar que, de alguma forma, deslumbrem o monitoramento local. Por meio desse canal, eles estavam possibilitando o contato com o ambiente externo do sistema prisional — conta o delegado.
Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. Além dos agentes terceirizados, a operação resultou na prisão de pessoas externas ao ambiente prisional e detentos já encarcerados.
As prisões efetuadas são temporárias, com prazo fixo de cinco dias, podendo ser prorrogadas por igual período ou convertidas em preventivas, dependendo do andamento das investigações.
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