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MP fez sua parte, mas produtos perigosos na Serra Dona Francisca ainda são “bomba relógio”

Órgão busca penalidade para responsáveis; assunto precisa voltar à nota também nas demais esferas
25/09/2024 - 11:31
Motorista e empresas responsáveis pelo caminhão e carga foram denunciados pelo MP (Reginaldo de Castro, NSC TV)
MP fez sua parte, mas produtos perigosos na Serra Dona Francisca ainda são “bomba relógio”
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O Ministério Público de Santa Catarina solicitou uma indenização de R$ 3,9 milhões por danos ambientais decorrentes de um acidente envolvendo um caminhão que tombou na Serra Dona Francisca em 29 de janeiro deste ano, com derramamento de ácido sulfônico no Rio Seco, em Joinville. O incidente ocorreu em 29 de janeiro e interrompeu o abastecimento de água na cidade por 20 horas. O Rio Seco é afluente do Rio Cubatão, que abastece 75% da população local.

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A denúncia protocolada cita crimes como poluição hídrica dolosa, danos à unidade de conservação e transporte irregular de substância perigosa. A 21° Primeira Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville exige a condenação dos responsáveis e a reparação dos danos ambientais. Segundo o órgão, o valor de R$ 3,9 milhões é uma estimativa mínima.


Após o acidente, as autoridades locais e entidades como Águas de Joinville destacaram a necessidade de encontrar novas fontes de captação de água para reduzir a dependência do Rio Seco e do Rio Cubatão. No entanto, propostas para ajustar a infraestrutura rodoviária e regulamentar o transporte de produtos químicos não avançaram.

Enquanto o Ministério Público de Santa Catarina concluiu sua investigação e apresentou a denúncia, o foco político na região se deslocou para as eleições municipais, deixando em segundo plano as discussões sobre melhorias na segurança do transporte de produtos perigosos. Dessa forma, esse transporte diário na rodovia funciona como “bomba relógio” que ameaça o abastecimento de água na cidade. A comunidade aguarda por ações concretas para evitar futuros acidentes e garantir a segurança ambiental.

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