Ministério Público Solicita medidas para monitorar e proteger capivaras em Joinville
O Ministério Público de Santa Catarina solicitou à prefeitura de Joinville informações sobre procedimentos de monitoramento e proteção das capivaras que circulam nas vias públicas da cidade. O prazo para a apresentação dessas informações é de 20 dias úteis, contados a partir de 16 de agosto.
A promotora de justiça Simone Schultz, da 21ª Promotoria de Justiça de Joinville, explicou que a população de capivaras na zona urbana da cidade tem crescido significativamente. Esse aumento tem gerado mais acidentes e conflitos com animais domésticos, levando à necessidade de um plano de monitoramento e manejo adequado desses animais.
— Observamos um crescimento na população de capivaras e no número de acidentes envolvendo esses animais — afirmou a promotora. Por isso, instauramos esse procedimento para averiguar como essas populações se comportam e como podem ser manejadas adequadamente — completa.
O plano de monitoramento deve ser submetido à aprovação do Ibama, que acompanhará a implementação das ações propostas. Segundo Schultz, o estudo deve analisar o comportamento das capivaras e buscar uma convivência harmoniosa entre os animais silvestres, seres humanos e animais domésticos.
— Não cogitamos extermínio, pois isso é crime — ressaltou a promotora. O objetivo é a proteção dos animais e a segurança das pessoas — completa.
Simone também orientou a população sobre como proceder ao encontrar capivaras machucadas ou em situações de risco.
— Não interfiram diretamente. Chame os órgãos responsáveis, como a polícia militar ou ambiental, ou o corpo de bombeiros. A capivara é um animal pacífico, mas pode reagir se sentir ameaçada — ressaltou.
Caso a prefeitura de Joinville não responda ou apresente respostas insatisfatórias dentro do prazo, a questão poderá ser judicializada.
— Se necessário, levaremos a questão ao Judiciário para garantir que o município cumpra suas obrigações — advertiu Schultz.
A presença das capivaras em Joinville, especialmente na área central, tem chamado a atenção e gerado repercussão. A promotora reafirmou que a ação do Ministério Público visa exclusivamente a proteção desses animais e a segurança da população.
A reportagem fez contato com a prefeitura de Joinville, mas o município não se manifestou sobre o assunto.