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Médiuns têm alterações nos genes, afirma estudo da USP

Alterações podem fazer com que os médiuns tenham uma sensibilidade maior do que a maioria das pessoas
19/02/2025 - 14:16 - Atualizada em: 19/02/2025 - 14:16
Estudo foi realizado entre abril de 2020 e abril de 2021 (Foto: PCSC, Divulgação)

A mediunidade — capacidade de se comunicar com espíritos ou pessoas mortas — pode estar relacionada a alterações genétcas, de acordo com uma pesquisa coordenada pela Universidade de São Paulo (USP). As alterações podem fazer com que os médiuns tenham uma sensibilidade maior do que a maioria das pessoas. As informações são do g1.

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O estudo foi realizado entre abril de 2020 e abril de 2021. O levantamento encontrou 15.669 variantes genéticas, exclusivamente em médiuns, com o potencial de impactar a função de 7.269 genes.

No total, foram 119 pessoas — sendo 54 médiuns com 53 indivíduos para controle – não médiuns e parentes de primeiro grau com similaridade genética e sociocultural e 12 médiuns para amostra de validação. Foram consideradas pessoas com mais de 10 anos de experiência, entre os médiuns.

Também foram incluídos dois gêmeos idênticos médiuns, que foram comparados com um terceiro irmão não médium. Foi necessária uma rede de capacitação para ajudar a localizar os médiuns em todo o país. Além da USP, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) também participaram do estudo.

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Participantes tiveram que fornecer dados pessoais como etnia, escolaridade, idade e amostra de saliva. Suas habilidades foram analisadas com base em um questionário para entender a qualidade de vida, junto da extração e sequenciamento do DNA da saliva.

No questionário, 92,7% dos participantes reconheceram falar sob a influência de espíritos, 70,9% disseram se comunicar por escrito. Outros 52,7% disseram ter visto espíritos, com 50,9% ter entrado em incorporação. Por fim, 47,3% afirmaram ter tido experiências fora do corpo.

Inicialmente, os pesquisadores acharam diferenças entre os genes encontrados entre 54 médiuns e seus 53 parentes de primeiro grau que não tinham o dom. Após a análise desse grupo, foi feita uma comparação entre os genes dos 54 e outros 12 médiuns independentes.

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Os genes alterados identificados foram encontrados no sistema imune e inflamatório, em tecidos epiteliais e na glândula pineal. Eles foram sequenciados e processados com a ajuda de um software.

“A glândula pineal fica no centro do no cérebro. Até há algumas décadas, se achava que ela não tinha funções significativas, mas hoje sabemos que tem relação com diversas funções do nosso corpo, inclusive com o sono. Diversas tradições espirituais, dizem que a pineal se relaciona a percepções espiriturais”, afirma o coautor do estudo e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF, Alexander Moreira.

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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