Mais de vinte pessoas são presas por fraude que causou um prejuízo de R$ 6 milhões em Florianópolis

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE), realizou nesta quinta-feira (10), a segunda fase da Operação Ghosthunters. A ação desarticulou um esquema de fraude que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 6 milhões a uma fintech com sede em Florianópolis.
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A operação acontece simultaneamente em oito estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. As diligências fazem parte de uma mobilização nacional da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Como ocorreu a fraude
De acordo com as investigações, a fraude ocorreu em 15 de julho de 2024, após o acesso indevido ao sistema de tecnologia da informação da empresa. Ao todo, foram realizadas mais de 300 transações fraudulentas. Na primeira fase da operação, o hacker responsável pela invasão foi identificado e preso preventivamente.
Durante as buscas iniciais, a polícia conseguiu bloquear aproximadamente US$ 40 mil em criptoativos pertencentes ao investigado, além de apreender um veículo avaliado em R$ 120 mil e garantir o bloqueio judicial de até R$ 4,5 milhões. Cerca de R$ 1,5 milhão foram recuperados por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED) e outros procedimentos semelhantes.
A segunda fase da Operação Ghosthunters tem como foco a identificação e responsabilização de outros possíveis coautores, além dos chamados “conteiros”, pessoas que emprestaram suas contas bancárias para o recebimento dos valores desviados, contribuindo para ocultar a origem ilícita dos recursos.
Foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão domiciliar. As ordens judiciais foram cumpridas pelas Polícias Civis dos estados envolvidos em 15 municípios:
Confira a lista com os 15 municípios ennvolvidos
- Rio Preto da Eva – Amazonas
- Salvador – Bahia
- Caucaia – Ceará
- Caruaru – Pernambuco
- Belo Horizonte – Minas Gerais
- Betim – Minas Gerais
- São Francisco do Sul – Santa Catarina
- São Bernardo do Campo – São Paulo
- Colorado – Paraná
- Ponta Grossa – Paraná
- Santa Helena – Paraná
- Bauru – São Paulo
- Cubatão – São Paulo
- Itu – São Paulo
- Valparaíso – São Paulo
Os investigados poderão responder pelos crimes de furto mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 21 anos de prisão, além de multa.
Veja fotos das prisões realizadas na segunda fase da operação



Operação Ghosthunters
O nome da operação, Ghosthunters, ou “caçadores de fantasmas” em tradução livre, faz alusão à atuação das forças policiais na identificação e prisão de criminosos que atuam no ambiente digital de forma invisível, utilizando identidades falsas e movimentações com criptoativos para dificultar o rastreamento.
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