Homem desaparecido em São José já havia sumido em 2011 após saque no banco no RS
Há 17 dias, Adriano Battassini, de 45 anos, está desaparecido, depois de sair de casa a pé em direção a um banco no dia 10 de novembro, no bairro Campinas, em São José. A história, no entanto, está se repetindo 12 anos depois. De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o homem já havia sido declarado como desaparecido em 2011 em Caxias do Sul.
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O desaparecimento havia sido registrado pela então esposa de Adriano no dia 28 de março de 2011. Na época, a mulher disse que ele havia feito um saque no banco de R$ 5 mil e depois não tinha sido mais visto. No boletim de ocorrência, ela disse desconfiar de um sequestro.
De acordo com o delegado Thiago Lacerda, diretor de homicídios na Capital, no Rio Grande do Sul, o caso foi investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul, com instauração de inquérito.
Adriano, no entanto, reapareceu cinco dias depois, e foi pessoalmente até a delegacia registrar sua localização, sem informar o motivo relacionado ao desaparecimento. Com isso, o caso foi arquivado. Outras ocorrências mais simples também foram registradas nas cidades gaúchas de Constantina e Flores da Cunha, uma delas sendo de perda de documento.
A última vez que o estado registrou ocorrência no nome de Adriano foi em maio de 2022, segundo informações do delegado Lacerda.
O que se sabe sobre o desaparecimento em São José
O desaparecimento de Adriano em São José foi registrado no Desaparecidos SC no dia 11 de novembro, quando Rosineide Tenório, atual esposa do homem, fez um boletim de ocorrência. A mulher disse que o homem saiu de casa a pé dizendo que iria a um banco, mas depois disso não teve mais notícias do marido.
O homem era analista de sistemas da Secretaria da Fazenda, mas pediu exoneração em julho deste ano, de acordo com Rosineide. Porém, a esposa só ficou sabendo dessa informação após o desaparecimento.
Adriano, segundo ela, “estava muito ansioso dentro de casa, só que eu não sabia o porquê”. Os dois estão casados há cerca de dois anos e, de acordo com Rosineide, o homem também tinha um ótimo salário, sem motivos para pedir demissão do cargo. Ela especula que ele possa estar envolvido com “bets, cassino e jogos virtuais”, mas deixa claro que isso é apenas uma suposição.
— Todas as horas da minha vida viraram uma espera — aponta Rosineide.
Ela se diz “exausta, angustiada, e com as mãos e pés amarrados”. O caso está com a Delegacia de Desaparecidos de São José, que destaca não ter informações novas sobre o desaparecimento. O homem não tinha passagens policiais em Santa Catarina, de acordo com a delegacia.
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