“Explosão” de furtos de hidrômetros acende alerta para a Casan na Grande Florianópolis

O ano começou com uma onda de furtos de hidrômetros nos municípios da Grande Florianópolis. Conforme dados da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), entre os dias 1º e 27 de janeiro, 397 objetos foram furtados — número que supera a quantidade de ocorrências registradas durante todo o mês de janeiro de 2024, quando foram 66. Os furtos aumentaram em 501,52%, em comparação a 2024. Isto fez com que a companhia emitisse um alerta à população, principalmente em relação a substituição do medidor.
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Ainda de acordo com a companhia, entre janeiro de 2024 e janeiro deste ano, 1.400 hidrômetros foram furtados nos municípios de Biguaçu, Florianópolis e São José. Só em dezembro, por exemplo, 305 casos foram registrados na região. Os furtos ocorrem devido a quantidade de cobre no aparelho, que as pessoas retiram para vender, conforme a Casan.
Um hidrômetro é um aparelho que mede o consumo de água de um imóvel. Ele pesa, em média, 1,2 quilos e a liga metálica da carcaça (corpo do aparelho) contém 60% de cobre, mineral nobre e de fácil comercialização. O valor médio do quilo do produto no mercado internacional é de U$ 7,50 (equivalente a R$ 44,38 no câmbio atual).
O gerente de Atendimento ao Consumidor, Vinícius André Ferreira, explica que, atualmente, a empresa está em contato com as polícias Civil e Militar para trocar informações, visando, principalmente, combater os receptadores dos equipamentos. Segundo ele, devido ao aumento significativo de furtos, especialmente na Região Metropolitana, os pedidos para reposição do hidrômetro devem ser feitos obrigatoriamente com a apresentação do Boletim de Ocorrência (B.O) junto à Polícia Civil (PCSC).
Posteriormente, é necessário fornecer o Boletim de Ocorrência homologado, etapa que contribui para uma análise detalhada e eficaz das autoridades sobre a abrangência do problema e a identificação dos locais afetados.
A adoção desses procedimentos visa trazer mais agilidade e segurança aos consumidores impactados, conforme informações da Casan. A mudança busca adequar o processo para melhor integração entre a companhia e os órgãos de segurança pública.
A empresa também reforça a importância da instalação do chamado abrigo-padrão, para mais segurança do hidrômetro. O modelo de abrigo adotado desde 2015 tem compartimento em material plástico (PVC, Polipropileno ou Polietileno) e porta em policarbonato transparente, com sistema para colocação de lacre de proteção resistente, para evitar fraudes e roubos.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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