Especialista fala sobre estratégia de vacinação contra Mpox; ouça a entrevista
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou recentemente a vacinação contra a Mpox para adolescentes, uma medida que visa proteger esse grupo antes que possam ser expostos ao vírus. A estratégia é semelhante à utilizada com a vacina do HPV.
Conforme Regina Valim, médica infectologista e Gerente de IST, HIV/AIDS e Doenças Infecciosas Crônicas, a alta circulação de pessoas pode explicar o aumento dos casos em Florianópolis, que lidera as ocorrências no Estado.
— Provavelmente teremos outras razões também. Mas do ponto de vista de circulação, isso é uma coisa que a gente vê, locais onde tem uma circulação maior de pessoas, há um risco maior de apresentar um aumento no número de casos. É muito fácil você circular por vários países e de forma muito rápida. Então foi dessa forma que a doença saiu da África e foi pro Ocidente — explica Regina.
A Mpox já era conhecida na África, mas a globalização facilitou sua rápida disseminação para outros continentes. No Brasil, a doença foi registrada pela primeira vez em 2021 e, embora controlada como surto em 2022, ainda não foi erradicada. A preocupação atual é com uma nova variante do vírus, que tem causado casos mais graves, inclusive entre crianças e adolescentes.
Os sintomas da Mpox incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo e lesões cutâneas semelhantes à catapora. A transmissão ocorre desde os primeiros sintomas até a formação de crostas nas lesões.
Em Santa Catarina, a estratégia de vacinação depende do Programa Nacional de Imunização (PNI). Atualmente, há um estoque limitado de vacinas, destinado principalmente a contatos próximos de casos confirmados e grupos vulneráveis. No Estado, 15 casos da doença foram confirmados.
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