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Especialista avalia prejuízo para o patrimônio cultural com incêndio de casa histórica em Joinville

O imóvel apresenta características relevantes do estilo arquitetônico enxaimel
16/09/2024 - 20:21
O imóvel faz parte da segunda metade do século XX. (Leandro Ferreira / NSC Total)
Especialista avalia prejuízo para o patrimônio cultural com incêndio de casa histórica em Joinville
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Na última sexta-feira (13), um incêndio destruiu uma casa construída com técnica enxaimel no bairro Anita Garibaldi, em Joinville. O incidente ocorreu na Ottokar Doerffel, quase na esquina com a rua Marajó. A casa, que era protegida pelo município através da Lei do Inventário do Patrimônio Cultural, estava em bom estado de conservação, segundo a arquiteta e urbanista Anne Soto.

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Anne Soto, arquiteta e urbanista e doutoranda em patrimônio cultural e sociedade pela Univille, expressou sua surpresa e tristeza com o ocorrido.

— Fiquei realmente surpresa e chateada de ver um bem protegido queimando daquela forma — declarou.

A situação em Joinville reflete um problema maior no Brasil. Recentes incêndios, como o do Museu Nacional no Rio de Janeiro, em setembro de 2018, evidenciam a falta de manutenção constante e descaso com imóveis históricos.

Soto destacou que a falta de uso e ocupação inadequada por pessoas em situação de rua ou usuários de drogas podem contribuir para esses incidentes. A casa destruída fazia parte da segunda fase do enxaimel em Joinville, datando da década de 1950. Embora não fosse muito antiga, tinha características importantes, como o uso da madeira e técnica de encaixe, que são marcas do estilo arquitetônico.

O proprietário é responsável pela preservação dos imóveis protegidos. Existem benefícios como isenção de IPTU e possibilidade de captação de recursos via Sistema Municipal do Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) ou pelo Governo do Estado. Em casos de abandono, o proprietário pode ser multado ou processado pelo Ministério Público.

Anne concluiu a entrevista ressaltando a importância da proteção do patrimônio cultural e a necessidade de uma investigação para identificar a causa do incêndio. A conversa destacou a urgência da preservação da cultura e história de Joinville

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