Duas praias de Florianópolis são as campeãs em registros de água-viva

Santa Catarina registrou 113 ocorrências envolvendo águas-vivas nas praias. Segundo o professor de ciências biológicas e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Alberto Lindner, as praias do Campeche e da Barra da Lagoa, em Florianópolis, são as com maior incidência de água-viva.
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Os dados de ocorrências, referentes ao período de 17 a 23 de dezembro, foram divulgados na terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) e fazem parte da Estação Verão 2024/2025. Conforme informa o professor da UFSC, que ainda tem esse acontecimento como objeto de estudo, as espécies caravela portuguesas e as medusas são as que costumam visitar o litoral catarinense no verão. As medusas são espécies comuns da região de Santa Catarina.
— O que já descobrimos nesses cinco anos é que essas espécies ocorrem mais nos meses do verão. Então, pelo menos ali na Barra da Lagoa e no Campeche, as medusas são mais do verão mesmo. Não sabemos exatamente o porquê dessa coisa. Tem a ver com o ciclo de vida, tem a ver com massas de água, mas a gente não tem uma resposta completa ao porquê dessa ocorrência maior nos meses do verão. — diz o professor Lindner.
O pesquisador ainda relata que a espécie caravela portuguesa, que tem coloração mais roxa e causa queimaduras de nível grave, não é um animal nativo de Santa Catarina. Segundo ele, a caravela portuguesa é um animal oceânico, de alto mar e de águas tropicais.
— O que acontece é que, no verão, essas massas de água mais quentes e os ventos, o vento nordeste, por exemplo, ou aquele vento leste, que a gente chama de “lestada”, acabam trazendo as caravelas para as praias de Santa Catarina. Tivemos os primeiros registros de caravela portuguesa ali no mês de outubro. — explica.
Ele alerta que o melhor para evitar as queimaduras de uma caravela é ficar atento para “ver se tem a bandeira lilás dos bombeiros” porque, normalmente, elas indicam se tem esses animais na área. Em caso de queimadura provocada pelo contato com a água viva, deve-se procurar um posto salva-vidas.
*Sob supervisão de Raquel Vieira
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