Baixa procura por vacinação contra dengue acende alerta para Florianópolis
A Grande Florianópolis tem taxas de imunização contra a dengue abaixo da média estadual. A cobertura vacinal na região metropolitana é de 35% para a primeira dose, enquanto em todo o Estado ela é de 41%. A situação é ainda mais crítica para a segunda dose. Isto porque os dados apontam que a cobertura na região é de apenas 15%.
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— O principal desafio nesse momento é o estoque. Estamos com apenas 5.900 doses disponíveis no município — afirma Ana Cristina Vidor, gerente de vigilância epidemiológica de Florianópolis.
Para enfrentar o problema, a estratégia adotada é liberar a vacina em todas as unidades de saúde, tanto para a primeira quanto para a segunda dose. Crianças que já receberam a primeira dose há três meses ou mais são incentivadas a buscar as unidades para completar a imunização.
— As que ainda não receberam a primeira dose podem procurar qualquer unidade de saúde também. Enquanto nós tivermos estoque vamos vacinar todos que nos procurarem — diz.
A população é incentivada a contatar as unidades de saúde previamente para verificar a disponibilidade de vacinas e garantir a imunização de seus familiares.
Situação em Santa Catarina
O cenário epidemiológico em Santa Catarina mostra uma tendência de aumento nos casos de dengue nas três primeiras semanas de janeiro. No período, foram registrados 2.130 casos prováveis da doença em 107 municípios. Desses, 124 casos foram confirmados e 2.006 permanecem sob suspeita.
A vacinação está em andamento desde fevereiro do ano passado, voltada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos nas áreas mais atingidas pela doença. Contudo, os números avançam de forma lenta.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgados na quarta-feira (15), a cobertura vacinal com a primeira dose do imunizante no Estado é de 41,42%. Já as crianças e adolescentes que fazem parte do público-alvo da e que receberam a segunda dose representam somente 18,36% do total.
A região que tem a vacinação mais avançada no momento é o Vale do Itapocu, na regional de Jaraguá do Sul, com cobertura de 64,32% com a primeira dose. A pior situação é a do Médio Vale do Itajaí, correspondente a região de Blumenau, com 31,90% do público imunizado.
Ações para eliminar os criadouros do mosquito
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
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