Com 35 mil ocorrências em SC, doenças cardiovasculares podem afetar órgãos
A campanha do Setembro Vermelho alerta para a prevenção às doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte no Brasil. Até julho, foram registradas mais de 35 mil ocorrências em Santa Catarina, de acordo com o Governo do Estado. Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, essas doenças não afetam somente o coração, mas também outros órgãos, como rins e membros inferiores. É o que diz a médica Annelise Wengerkievicz Lopes, que participou do Boa Tarde CBN na segunda-feira (23).
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A médica, que é patologista clínica e diretora de comunicação e marketing da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, contou que as doenças cardiovasculares mais conhecidas são o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Elas são as principais causas de morte em relação a esse tipo de doença, mas qualquer órgão do corpo pode ser atingido.
— Como nós temos vasos sanguíneos por todo o organismo, essas doenças podem afetar qualquer órgão do corpo, como por exemplo os rins, os membros inferiores, causando incapacidade de locomoção ou feridas nas pernas com dificuldade de cicatrizar. São doenças bastante graves e que acometem um número bastante grande de pessoas — disse.
De acordo com Lopes, cerca de 80% dos casos podem ser evitados por hábitos diários, como a interrupção do hábito de fumar. Se a pessoa parar até os 35 anos, os danos causados pelo tabagismo no organismo podem ser revertidos, segundo a médica.
— É claro que quanto mais a pessoa envelhece fumando, o impacto para o organismo já é maior, mas mesmo em casos de pessoas idosas que param de fumar, foi demonstrado que elas ganham alguns anos de sobrevida por conta de parar com o hábito — destacou.
A alimentação também é um fator importante na prevenção das doenças cardiovasculares. Manter uma dieta equilibrada para o controle do peso e níveis de colesterol é essencial, evitando alimentos gordurosos. Conforme a médica, quem é diabético deve ter cuidados redobrados.
— Quando você já tem alguma coisa que te leva a ter mais risco, você vai ter que ser mais agressiva com os outros fatores de risco que você pode controlar — disse.
Para além da alimentação, a médica também recomenda a prática de 30 minutos de atividade física moderada, cinco vezes por semana. Ela lembra que é importante passar por uma avaliação médica para determinar o exercício mais adequado.
Alguns exames preventivos também podem ser feitos, como os que medem a glicemia e o perfil lipídico, como o colesterol e os triglicerídeos. Segundo Lopes, a creatinina também é essencial para avaliar o funcionamento dos rins e o risco de doenças cardiovasculares.
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