UFSC desenvolve satélite que monitora eventos climáticos no Brasil
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveram um satélite que auxiliará no aumento da capacidade de previsão de fenômenos climáticos de maior impacto, incluindo o monitoramento das queimadas pelo Brasil. Para explicar como o satélite funcionará, o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab), Eduardo Augusto Bezerra, participou do #CBN Floripa desta segunda-feira (16).
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O desenvolvimento do projeto começou no final de 2019, com continuidade em 2020, por diversas demandas da Defesa Civil de Santa Catarina. Uma dessas demandas foi decorrente do chamado ciclone bomba, que atingiu o Sul do país no mesmo ano.
O satélite tem cerca de 20 cm de altura por 10 cm de largura, com um peso aproximado de três quilos, muito menor do que os satélites em operação no Brasil. Com esse tamanho, ele é considerado um satélite de pequeno porte. Segundo Bezerra, o desenvolvimento dessa tecnologia nesses moldes foi para reduzir custos e facilitar que outros satélites sejam construídos fora de centros espaciais.
Os dados são coletados de estações meteorológicas espalhadas pelo Brasil, com informações sobre a temperatura e o clima, por exemplo.
— Tem os dados de interesse da Defesa Civil, mas também tem dados de interesse do agronegócio. Se alguém quer saber que horas vai começar a chover num determinado lugar pra colocar algum fertilizante ou não, também na questão das queimadas. Tendo estações suficientes espalhadas, a gente consegue detectar um aumento de temperatura ou fumaça ou o que for — disse.
O satélite deve ser lançado em março de 2025 e será o primeiro satélite do Brasil lançado em território nacional, na base de lançamento de Alcântara, no Maranhão.
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