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Especialista descarta benefícios no retorno do horário de verão para economia de energia

Gerente da Celesc aponta que mudança nos picos de consumo faz com que a medida seja ineficaz nos dias atuais
13/09/2024 - 14:44
Governo federal cogitou, nesta semana, a hipótese da volta do horário de verão (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Especialista descarta benefícios no retorno do horário de verão para economia de energia
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Gabriel Chiarelli, gerente da Divisão de Mercado e Compra de Energia da Celesc, afirmou em entrevista à rádio CBN que o possível retorno do horário de verão não traria impactos significativos na economia de energia. Segundo ele, o comportamento de consumo mudou.

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Instituído em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, o horário de verão foi criado visando aproveitar melhor a luz natural e reduzir o consumo de eletricidade entre 18h e 20h. No entanto, Chiarelli explica que o cenário atual é bem diferente.

—Hoje, o pico de consumo acontece por volta das 15h, principalmente pelo uso intensivo de aparelhos de ar condicionado, especialmente em ambientes de home office e locais climatizados — observou.

Chiarelli reforçou que, nos últimos cinco anos, o Brasil não adotou o horário de verão, e estudos realizados pelo Ministério de Minas e Energia corroboram a ineficácia da medida.

— Hoje, não faz mais muito sentido ter o horário de verão — afirmou, destacando que as mudanças nos hábitos de consumo energético tornam a estratégia ultrapassada.

Apesar disso, ele ressalta que o governo está buscando outras alternativas para controlar o consumo de energia, como a adoção das bandeiras tarifárias. Essas bandeiras funcionam como um alerta para os consumidores, indicando quando a geração de energia está mais cara. No entanto, Chiarelli pondera que a medida tem mostrado efeitos limitados, já que o aumento nas tarifas não tem gerado uma redução expressiva no consumo.

A preocupação maior no momento, segundo Chiarelli, está na atual situação hidrológica do país, com chuvas abaixo da média histórica, o que eleva o custo da energia.

Mesmo com o cenário de aumento nas tarifas e condições climáticas adversas, Chiarelli assegurou que não há risco de apagão ou racionamento de energia este ano.

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