O que mudou na Casan após um ano do rompimento de reservatório em Florianópolis
Execução do projeto, início da obra, fiscalização e operação da obra. Essas foram as quatro etapas do processo de avaliação de projetos que foram revisadas pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) após o rompimento do reservatório da companhia na Rua Luís Carlos Prestes, no bairro Monte Cristo, em Florianópolis. O caso completa um ano nesta sexta-feira (6). Para explicar o que a Casan tem feito desde o dia 6 de setembro de 2023 e o planejamento para evitar outros rompimentos, o diretor de operações Joel Horstmann participou do #CBN Floripa.
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De acordo com Horstmann, o primeiro passo dado após os 2 milhões de litros de água serem despejados sobre a comunidade do Sapé foi montar um QG com técnicos e a diretoria da Casan para o fornecimento de alimentação, atendimento psicológico e alojamento aos moradores. Depois, a companhia realizou o levantamento do prejuízos, como imóveis e veículos.
— A Casan no terceiro dia iniciou o pagamento, um percentual do pagamento dos bens móveis para que a [família] que foi menos atingida conseguisse já retornar para casa […] Isso ocorreu durante três meses, todo esse processo de indenização da parte de bens móveis — disse.
A Defensoria Pública de Santa Catarina recomendou à Casan que a maneira de avaliar os prejuízos fosse revista, juntamente com os pagamentos, já que parte dos moradores se mostra insatisfeito com os valores. O diretor de operações explicou que o levantamento foi feito a partir da análise de técnicos “em conjunto com os moradores”.
— Depois, o morador, se ele tivesse uma comprovação com fotos, com nota fiscal, recibo de algum bem, ele podia incluir na relação. […] Claro que nem todas as pessoas ficaram contentes com o valor que a Casan podia pagar dentro do procedimento normal, ou algumas pessoas provavelmente vão entrar na justiça. A defensoria agora entrou com esse requerimento e a Casan vai avaliar e responder dentro do prazo exigido — destacou.
O que a Casan está fazendo
As quatro etapas do processo de execução de obras foram revisadas antes do termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), segundo Horstmann.
Um novo modelo de reservatório também está sendo usado. De acordo com o diretor de operações, os reservatórios tem menos capacidade de água, mas o material utilizado possui mais qualidade, com aço retificado e aço inox.
Veja fotos da destruição do local após o rompimento
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