Como vai funcionar o Plano Estadual de Logística e Transporte em SC
O Plano Estadual de Logística e Transporte (PELT) foi assinado pelo Governador Jorginho Mello (PL), em Brasília. Considerado um grande passo para o planejamento e otimização dos investimentos de transporte, o secretário de portos e aeroportos de Santa Catarina, Ivan Amaral, e o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Elias Vieira, foram entrevistados para o programa Conversas Cruzadas desta terça-feira (27).
Plano Estadual de Logística vai sair do papel
Para o secretário de portos e aeroportos de Santa Catarina, o plano de logística atenderá às demandas da economia catarinense na área de transporte, indústria, e portuária. O plano, segundo Amaral, também deve complementar o plano estadual aeroviário.
— Santa Catarina agora vai começar a trabalhar com dados científicos. A gente sempre estava no achismo sobre aonde investir e, com isso, muitas vezes o Governo do Estado investia de maneira até errada, e agora a nossa intenção é que com esses dados científicos que esses planos vão nos fornecer, o Governo do Estado vai ter condições de planejar melhor suas ações — disse.
O Plano Estadual Aeroviário está previsto para o final de agosto ou início de setembro. Esse plano foi desenvolvido pela LABTrans, da Universidade Federal de Santa Catarina, e contou com contribuições de diversas empresas aeroportuárias. A iniciativa visa melhorar a infraestrutura aeroviária do estado.
O secretário de portos e aeroportos também mencionou problemas críticos na infraestrutura portuária, como a falta de dragagem no canal de acesso ao Porto de Navegantes. Segundo Amaral, A ausência de dragagem pode impedir a entrada de grandes navios.
O presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Elias Vieira, destacou que o planejamento adequado trará ganhos e eficiência às ações do Governo do Estado, além de segurança jurídica nos investimentos. O presidente falou sobre as principais demandas do Porto de São Francisco, com destaque aos acessos rodoviário e ferroviário, e à BR-280.
— Nós temos uma situação, hoje, na BR-280 que é extremamente complexa e limitadora, assim como o investimento em ferrovia. Nós temos hoje uma ferrovia que atende o Porto de São Francisco do Sul que traz em torno de 4 milhões de toneladas de grão e o vagão volta sozinho. Então nós precisamos dessa carga de retorno, precisamos dos investimentos no ramal ferroviário para que o Porto possa, então, otimizar e atender da melhor forma possível nessa integração com modais — disse o presidente do Porto de São Francisco do Sul.
Ouça a entrevista com o presidente do Porto de São Francisco do Sul
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