Sucessão em BH: quem é o vice que assume após a morte do prefeito

Com a morte do prefeito Fuad Noman (PSD), de 77 anos, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), assume o executivo da capital mineira. Ele é jornalista e ex-vereador da cidade.
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Damião tem 54 anos. Ele é belo-horizontino e foi apresentador por quase 30 anos da Rádio Itatiaia, cargo que acumulou com a função de vereador. Ele também tem passagem por emissores de televisão, afiliadas ao SBT e à Rede Record.
“Foi ali que eu aprendi a entrar na casa das pessoas, na vida das pessoas, pelo rádio e televisão. A partir de agora eu me dedico, licenciado, ao povo de Belo Horizonte para cuidar da cidade conforme prometido”, afirmou Damião após a posse.
Ele disputa eleições há mais de 10 anos e foi vereador de Belo Horizonte por dois mandatos. Seu primeiro mandato foi em 2016, enquanto filiado ao PSB. Foi reeleito em 2020, quando já estava no DEM — que se uniu ao PSL em 2022 para formar o União Brasil.
Confira algumas propostas de Damião enquanto vereador
- Implantação de câmeras de segurança em estabelecimentos que vendem e compram sucatas;
- Instituição do Dia Municipal de Combate ao Antissemitismo e ao Fascismo;
- Colagem de cartazes denunciando a presença de crianças ou adolescentes em estabelecimentos que comercializam produtos eróticos; e
- Endossão de uma moção de apoio da Casa ao Senado para acabar com as saídas temporárias de presos condenados.
O novo chefe do executivo também tentou ser deputado federal duas vezes. Ambas as tentativas, em 2018 e 2022, resultaram apenas em suplência para Damião.
Em 2024, o nome de Damião foi escolhida para melhorar a relação de Fuad com a Câmara Municipal. Ele também contribuiu o peso do seu partido para que a chapa tivesse o segundo maior tempo de televisão na campanha.
No início do atual mandato, Damião foi o responsável por articular em cima da hora uma candidatura da prefeitura para a Mesa Diretora do Legislativo, que acabou saindo derrotada. O novo presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), classificou a interferência de Damião no pleito como “desastrosa”.
Damião foi alvo de candidaturas adversárias, que o caracterizaram como bolsonarista e defensor de pautas conservadoras. Em resposta, o então candidato a vice afirmou que sua chapa era do diálogo, e que apesar de não ser de esquerda, possuía pautas progressistas.
Após a posse, ele repetiu discurso de Fuad ao dizer que iria dialogar tanto com o governo de Romeu Zema (Novo) quanto com o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
*Sob supervisão de Raquel Vieira
**Com informações da Folha de S. Paulo
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