Bolo envenenado: Deise foi responsável por quatro mortes no RS, conclui polícia

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesta sexta-feira (21) a conclusão das investigações do caso do bolo envenenado, que causou a morte de três pessoas da mesma família em dezembro de 2024. As informações são da Folha de São Paulo.
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A investigação concluiu que Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, envenenou o doce. Ela teve prisão preventiva decretada em 5 de janeiro e foi encontrada morta na cela em que estava presa em 13 de fevereiro. A perícia confirmou o suicídio.
De acordo com a polícia, Deise também foi responsável pela morto do sogro, Paulo dos Anjos. Ele havia morrido em setembro de 2024, com o óbito atribuído a uma infecção alimentar. A polícia decidiu exumar o corpo após a morte dos parentes por envenenamento, onde também foi encontrado arsênio.
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“Ela é a única autora até o momento deste fato criminoso. Em razão de seu falecimento, de ela ter tirado a própria vida no presídio de Guaíba, levou à extinção da punibilidade”, disse o chefe da Polícia Civil, o delegado Fernando Sodré.
Deise havia escrito em uma camiseta que não era assassina após sua prisão. Ela sofria de depressão e precisava de tratamento, segundo seu advogado.
Relembre o caso
O crime aconteceu na antevéspera do Natal de 2024. Sete pessoas da família estavam reunidas, quando seis delas começaram a passar mal após consumirem pedaços de um bolo. O doce havia sido preparado pela sogra de Deise — Zeli dos Anjos, de 61 anos — no município de Arroio do Sal (RS), e foi levado para Torres (RS).
Das seis pessoas que ingeriram o doce, três morreram: Maria Berenice Flores da Silva, de 59 anos; Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos. As vítimas eram irmãs e sobrinha de Zeli, respectivamente.
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A filha de Tatiana, de 10 anos, também ingeriu o bolo e chegou a ser internada, sobrevivendo ao episódio. O marido de Maida também sobreviveu. Zeli ficou internada por três semanas até receber alta, chegando a receber uma cesta de alimentos levadas por Deise ao hospital — o Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul divulgou laudo apontando que os alimentos levados por Deise ao hospital não continham veneno.
A perícia encontrou altas dosagens de arsênio na farinha que a sogra de Deise usou para preparar o bolo. Também foram encontradas notas de compra do elemento químico em um celular de Deise que foi apreendido.
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Deise Moura dos Anjos foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, no dia 13 de fevereiro. Ela havia sido transferida para o local uma semana antes do ocorrido, por questões de segurança.
Autoridades gaúchas disseram que ela estava sozinha na cela e que acionaram o Serviço de Atendimento Médico e Urgência (Samu) após a encontrarem desacordada. Quando a equipe chegou ao local, ela já estava sem vida.
*Sob supervisão de Raquel Vieira
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