Com proposta de R$ 521 mil, leilão define produtora para Carnaval de rua em Florianópolis

A produtora responsável pelo carnaval de rua de Florianópolis pelos próximos três anos foi definida em um leilão realizado na última terça-feira (11). A empresa Ivanna Tolotti Produções Artísticas Ltda. venceu a disputa com uma oferta de R$ 521 mil, valor 160% superior ao mínimo exigido pelo município, de R$ 200 mil.
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O processo entra agora na fase de validação, onde serão avaliados os documentos da empresa vencedora. Outros concorrentes também poderão apresentar recursos se considerarem que houve alguma irregularidade.
A produtora contratada será encarregada pela produção, operação e logística nas 12 arenas do Carnaval, construídas para descentralizar as atrações da folia na capital catarinense. A empresa deve comandar a organização do evento em 2025, 2026 e 2027.
Como ficam as despesas
Neste ano, a Prefeitura de Florianópolis vai arcar com as despesas de segurança nas arenas, com exceção da festa em Santo Antônio de Lisboa, e com a infraestrutura física com tendas, palcos, gradis, fechamento metálico da Praça XV e de prédios históricos, banheiros químicos, ambulâncias, som e iluminação.
A empresa contratada fica responsável pela produção, operação e logística da festa nas 12 arenas, além da segurança em Santo Antônio de Lisboa. O investimento estimado para a produtora contratada neste primeiro ano é de R$ 1 milhão.
Em 2026, a vencedora do leilão assumirá, além dos serviços já previstos para este ano, as despesas com infraestrutura física (tendas, grades, palco, banheiros químicos). Nesse ano, o investimento previsto é de R$ 2,6 milhões.
Já em 2027, caberá à empresa também a segurança de todas as 12 arenas, além dos serviços de produção, operação, logística e infraestrutura física — apenas ambulâncias, ambulatório, som e iluminação serão custeados pelo município. No último ano do contrato, o investimento estimado da empresa é de R$ 3,1 milhões.
Contratos de patrocínio
A produtora contratada poderá firmar até três contratos de patrocínio, com possibilidade de dar nomes às arenas. Caso mais contratos sejam assinados, um percentual entre 10% e 15% dos valores deverá ser repassado à prefeitura.
Na justificativa do leilão, a prefeitura alegou que a medida é necessária para “assegurar a realização eficiente, segura e de alta qualidade deste evento, que é uma das maiores manifestações culturais e econômicas de Florianópolis”. Um estudo municipal indica que mais de um milhão e meio de foliões participaram das festas em 2024, com a ocupação hoteleira chegando a 90%.
O recebimento das propostas, inicialmente previsto para 21 de janeiro, foi adiado devido a um erro na publicação anterior. Nesta terça, duas empresas se revezaram em lances partindo do valor inicial estipulado pela prefeitura até chegar à oferta classificada em primeiro lugar, de R$ 521 mil.
A produtora que teve a maior oferta é da Grande Florianópolis e já atuou na organização de eventos culturais na região, como o Tum Festival.
*Sob supervisão de Raquel Vieira
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