Epidemia de dengue em Joinville tem dois registros históricos em agosto de 2024
O mês de agosto foi histórico em Joinville. Com 80 mortes causadas pela dengue, este número é o dobro dos óbitos registrados no mesmo período em 2023. Entre as vítimas, um bebê de um mês e um idoso de 95 anos.
Como forma de reação, a cidade deu início, nesta terça-feira (20), à soltura dos primeiros mosquitos Wolbachia. Mosquitos criados em laboratório e, ao contrário dos Aedes aegypti comuns, não transmitem a dengue. Em contato com os mosquitos locais eles devem reduzir a incidência da doença.
A implementação dessa tecnologia é resultado de um longo processo. Envolveu a criação de uma fábrica no bairro Nova Brasília e a importação da tecnologia. Além de Joinville, outras cidades brasileiras já adotaram a medida, como Niterói (RJ), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).
Os resultados observados em Niterói trazem esperança para Joinville. Por lá, houve uma redução de 70% nos casos de dengue. Embora a tecnologia Wolbachia seja um alento, não é uma solução completa. É crucial continuar as práticas de prevenção, como evitar o acúmulo de água parada.
Outro aspecto importante no combate à dengue é a vacinação. A vacina está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na região norte de Santa Catarina, apenas 42% do público-alvo foi vacinado até agora.
A luta contra a dengue depende de múltiplas ações: o uso de tecnologia avançada, a manutenção de hábitos preventivos e a adesão à vacinação. A combinação dessas medidas é essencial para reduzir o impacto da doença e salvar vidas em Joinville.