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Prédio abandonado em região luxuosa de Florianópolis deve ser isolado, decide Justiça

Prefeitura tem 15 dias para realizar as ações determinadas pela Justiça
13/12/2024 - 14:06
Prédio foi invadido e vandalizado (Foto: Cristiano Andujar, MPSC, Reprodução)

Um prédio abandonado na avenida Trompowsky, no Centro de Florianópolis, deve ser limpo e isolado pela Prefeitura de Florianópolis após uma determinação da Justiça. O edifício está localizado no condomínio Toulouse Lautrec, e foi a leilão com 50% de desconto em novembro por enfrentar um processo de liquidação judicial, segundo informações do Ministério Público de Santa Catarina.

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O prazo para que a prefeitura isole o local é de 15 dias para evitar novas invasões de pessoas em situação de rua no local, denúncia que levou o MPSC a tomar providências. No caso de descumprimento do prazo de 15 dias estabelecido, foi fixada uma multa diária de R$ 500, com limite de R$ 100 mil.

De acordo com o promotor de Justiça Fabrício José Cavalcanti, o prédio oferece riscos à segurança e saúde da população.

— O local tem histórico de invasões e demais práticas ilícitas, com potencial para a proliferação de doenças em decorrência da sujeira. Também vale ressaltar que durante as vistorias foram identificados diversos materiais com potencial inflamável, o que levanta o risco potencial de incêndio no local — disse.

O imóvel comercial possui três pisos, sendo piso térreo, piso superior e ático, e oito vagas de estacionamento. A área construída é de 616,84m², com total de 979,72m². De acordo com informações do NSC Total, o imóvel é avaliado em R$ 8,8 milhões.

O caso envolvendo o prédio se desenrola desde março deste ano, quando um morador da região denunciou ao Ministério Público que pessoas estariam invadindo o prédio para usar drogas, furtar objetos e ameaçar pessoas que passavam na frente do local.

A partir da denúncia, o MPSC instaurou um inquérito civil e após a verificação das informações, uma recomendação foi expedida à Prefeitura de Florianópolis para que, em um prazo de 10 dias, o executivo municipal limpasse e isolasse o local.

Segundo o Ministério Público, não houve resposta da prefeitura, o que levou a ação civil pública que originou a decisão da Justiça.

O que diz a Prefeitura de Florianópolis

Até o momento da publicação deste material, a Prefeitura de Florianópolis não se pronunciou sobre o caso.

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