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Aluguel, comida e transporte: quanto custa morar em Florianópolis?

Custo de vida é calculado pela Udesc e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
29/11/2024 - 13:35
centro de Florianópolis
Comércio funciona em horário estendido para atender as compras de última hora (Foto: Arquivo NSC Total)

Aluguel, cesta básica, preços de produtos. Tudo isso influencia no custo de vida de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Mas afinal, quanto custa morar em Florianópolis? Todos os meses, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) calcula o Índice de Custo de Vista (ICV) do município. O último boletim, divulgado em outubro, mostra que houve um aumento de 0,62% no custo de vida.

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De acordo com a definição da Udesc, o cálculo é feito seguindo a variação de preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis, como alimentos, habitação, roupas e transportes. A renda familiar também é considerada para o cálculo, sendo levada em consideração a renda entre 1 e 40 salários mínimos.

O economista Edivan Junior Pommerening explica que essa metodologia também é utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para o cálculo do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação no Brasil.

Em outubro, segundo o ICV da Udesc, a categoria de alimentação e bebidas foi a que mais demandou do salário de quem mora em Florianópolis (21,70%). Esse grupo também teve um aumento de 0,75% nos preços, incluindo o preço de carnes, farinhas, féculas e massas, açúcares e derivados, e óleos e gorduras, entre outros.

Confira os produtos que tiveram alta

Em 2024, a pesquisa aponta que o acumulado já chega a 4,82%. O ICV ainda expõe que, em outubro, dos 297 itens pesquisados, 109 tiveram aumento, 101 permaneceram estáveis e 87 tiveram queda de preço.

Confira o produtos que tiveram queda no preço

O levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, em outubro, a cesta básica de Florianópolis foi a segunda mais cara do país, com o valor de R$ 796,94, o que representa 56,4% do salário mínimo.

De acordo com Pommerening, o cálculo do DIEESE, o cálculo abrange diferentes grupos de despesas, como alimentação, habitação, saúde e transporte, “com pesos específicos atribuídos a cada item conforme sua importância no orçamento familiar”.

Nas redes sociais, o custo de vida de Florianópolis é assunto recorrente, não só quando as pesquisas dos órgãos oficiais são divulgadas, mas no dia a dia. O preço dos aluguéis no município é um dos principais alvos de reclamações da população.

Os dados do índice FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram que o preço médio dos aluguéis residenciais em Florianópolis está acima da inflação. Além disso, Florianópolis é o segundo local no Brasil com mais preço de locação. Cada metro quadrado custa R$ 53,83 em Florianópolis.

— Estão alugando um container de 30 metros quadrados por R$ 4 mil. Morarias? — disse um dos moradores de Florianópolis na rede social X.

Em outro comentário, um morador diz que “o custo de vida de Florianópolis está cada vez mais insustentável”.

Para alguns moradores, nem as belezas naturais de Florianópolis, com praias e locais turísticos, fazem o custo de vida valer a pena.

— Morar em Florianópolis é maravilhoso, mas o custo de vida daqui é bizarramente alto — destacou na rede social.

O bairro mais caro de Florianópolis, de acordo com a FipeZap, é o Centro, com R$ 58,1/m². Em segundo lugar, está o bairro Agronômica (R$ 57/m²), e completando o ranking dos três locais com maiores custos, o bairro Trindade (R$ 55,8/m²).

Para o economista Pommerening, o custo de vida de Florianópolis, como conclusão, “é alto”.

Veja fotos dos bairros mais caros de Florianópolis

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