Aumento no preço da gasolina foi superior ao informado pelo sindicato, avalia Procon SC
O aumento de 7,11% no preço da gasolina informado pelo Sindópolis é menor do que o acréscimo visto em grande parte dos postos de combustíveis em Santa Catarina, segundo o Procon SC. Em São José, município da Grande Florianópolis, o preço é um dos mais expressivos, chegando a 10%. Em Florianópolis, alguns postos estão chegando a R$ 7,00.
Clique aqui para receber as notícias da CBN Floripa pelo Canal do WhatsApp
Segundo a delegada Michele Alves, diretora do Procon SC, a alta nos preços na Grande Florianópolis gerou um efeito cascata em outras regiões do estado, como no Oeste e na Serra catarinense. O aumento, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis/SC), foi motivado por um reajuste realizado pela Petrobrás no dia 8 de julho que ainda não havia sido repassado para as bombas.
Sindicato explica “explosão” no aumento do preço da gasolina na Grande Florianópolis
Para apurar se houve aumento abusivo, o Procon SC iniciou, pela primeira vez, uma investigação com um processo administrativo, solicitando informações dos Procons municipais. No processo, o objetivo é entender o cenário de distribuição da gasolina em Santa Catarina, quais são as distribuidoras e a principais redes, além dos sindicatos que atuam no estado.
— Nós estamos em tratativas com a Secretaria da Fazenda para que a gente possa obter dados e, dessa forma, facilitar também o nosso trabalho fiscalizatório — disse a delegada em entrevista ao repórter Zé Maia.
O Procon busca entender se houve abuso de preços, conforme o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, que proíbe elevações sem justa causa. A investigação pretende analisar desde a saída do combustível da Petrobras até a chegada aos consumidores, considerando a incidência de tributos e a mistura com etanol anidro.
O parecer com o panorama deve ser divulgado daqui 40 dias, quase dois meses depois das primeiras reclamações registradas pelos motoristas. A demora, segundo Alves, é pela dificuldade de obter dados pela falta de um sistema de integração com a Secretaria da Fazenda:
— Nós estamos adquirindo um sistema, agora está em fase preparatória de licitação. O ideal, claro, seria que a gente tivesse em minutos essa resposta. Mas ainda nós não temos essa integração do sistema. Então é importante que a população saiba que dentro das nossas possibilidades, nós estamos fazendo requisitos legais que devem ser observados em relação ao prazo.
O Sindópolis disse que aguardará notificação do Procon sobre as investigações.
Leia também
Motoristas reclamam de “explosão” repentina de preços da gasolina na Grande Florianópolis
FOTOS: Moradores improvisam ponte de madeira após vazamento de esgoto em Florianópolis