Brasil pode ocupar quinto lugar entre países com mais crianças obesas, alerta especialista
Nos últimos 10 anos, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o total de catarinenses atendidos devido à obesidade saltou de 28 mil em 2012 para 398 mil em 2023. A situação é especialmente preocupante entre crianças e adolescentes. A endocrinologista pediátrica Júlia La Pastina participou do Boa Tarde CBN dessa quarta-feira (16) e explicou que há uma projeção para os próximos anos de que o Brasil ocupe o quinto lugar entre os países com maior índice de obesidade infantojuvenil.
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A especialista explicou que a pandemia de Covid-19 agravou o cenário ao mudar o estilo de vida das crianças. Segundo ela, 14% das crianças e adolescentes estão acima do peso no Brasil:
— A gente vê que, na verdade, o mundo todo mudou após a pandemia. E no público infantojuvenil isso foi ainda mais impactante —.
Ela alerta que a obesidade infantil pode ter consequências graves, como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas ortopédicos. Além disso, crianças obesas têm maior chance de se tornarem adultos obesos. A prevenção deve começar na gestação, com atenção à alimentação da mãe e ao aleitamento materno.
— A questão do aleitamento materno é importantíssima. Bebês que fazem aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade têm uma chance de ter peso normal muito maior, eles têm um risco diminuído de obesidade — disse La Pastina.
A introdução alimentar correta e hábitos saudáveis também são fatores importantes para prevenir a obesidade, segundo a médica. Além disso, a moderação no consumo de açúcar e sal, e a conscientização sobre o impacto das telas na rotina das crianças, são fundamentais.
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